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25 de Abril de 2024

Advogado é executado na frente da filha de um ano, em Caruaru

A morte de André Ambrósio Ribeiro, 46 anos, ocorrida no Loteamento Itamaraty, por volta das 17h, foi registrada por uma câmera de segurança

Publicado por Marlon Gasparin
há 6 anos

Um advogado trabalhista foi executado diante da filha de 1 ano e 6 meses, na tarde dessa quinta-feira (12), em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. A morte de André Ambrósio Ribeiro, 46 anos, ocorrida no Loteamento Itamaraty, por volta das 17h, foi registrada por uma câmera de segurança.

Nas imagens, é possível ver a vítima estacionando o carro na casa da ex-esposa, retirando a criança do banco de trás e a abraçando, enquanto a babá também desce do veículo. Com a menina nos braços, o advogado é abordado por um homem empunhando uma arma. Em seguida, ele entrega a filha nos braços da babá e ajoelha-se, calmamente, na calçada. No chão, com a filha ainda nas proximidades, André é atingido por cinco disparos de arma de fogo.

O perito Cleomarcio Miguel descartou a possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte). “Com a vítima, além dos pertences, havia pouco mais de R$ 1 mil, caracterizando que o crime não pode jamais ter sido latrocínio, mas execução sumária”, destacou.

Na noite de quinta-feira (12), por telefone, o presidente da OAB-PE, Ronnie Duarte, disse estar indignado com o crime. “Foi chocante, execução em via pública. Uma cena que lembra a ação do Estado Islâmico, a pessoa ser obrigada a se ajoelhar para ser sumariamente executada.”

Segundo ele, a Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas da instituição vai acompanhar as investigações do caso. “Vamos verificar se há ligação com a atividade profissional exercida, sendo confirmado, aumentará nossa perplexidade com o crime".

Fonte: OPOVO online, disponível em https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2018/07/advogadoeexecutado-na-frente-da-filha-em-caruaru.html


O PORTE DE ARMA PARA ADVOGADO


Casos como este, envolvendo a execução sumária de advogados, não chegam a ser novidade. Muito pelo contrário, são cada dia mais comuns e, diferentemente do que muita gente pensa, não envolvem especificamente advogados criminalistas. NO caso acima, por exemplo, se trata de advogado trabalhista.

Normalmente o crime é praticado por alguma parte que ficou insatisfeita com o resultado de algum processo, e envolve todas as área da advocacia, até mesmo áreas administrativas, tributárias ou previdenciárias, haja vista que muitas vezes o autor é o próprio cliente do advogado, que ficou inconformado com o resultado e julga ser o advogado o responsável pelo insucesso e eventual sucumbência, por exemplo.

Diante do quadro alarmante, novamente vem à tona o já velho, conhecido e exaustivamente debatido porte de arma do advogado.

Estacionado a muitos meses na CCJ, o PL 704/2015, de autoria do deputado Ronaldo Benedet, que garante o porte de arma para defesa pessoal do advogado, aguarda pauta para votação, sem a menor previsão para que isso ocorra.

O QUE PODE SER FEITO?

Além de exigir providências (o que certamente a OAB fará), precisamos mais do que nunca pressionar o presidente da CCJ para que coloque a votação em pauta. Já foram feitas algumas mobilizações, como envio de e-mails ao relator, sem muito sucesso.

Vale lembrar que mesmo quem não deseja portar uma arma deve aderir à campanha, pois, ainda que não queira portar agora, pode ser que no futuro sinta essa necessidade de se proteger, e nesse momento será muito oportuno ter o mesmo direito e prerrogativa já concedidos a magistrados e membros do MP.

Uma ação muito interessante para pressionar a CCJ a pautar a votação do PL 704/2015 é através de um canal disponível no site da própria CCJ, chamado de “PEDIDO DE PAUTA”, e é acessível à qualquer cidadão.

COMO PEDIR PARA PAUTAR O PL 704/2015?

Você deve acessar o site da CCJ da Câmara dos deputados (http://www2.câmara.leg.br) e clicar na Aba “Pedido de pauta e Relatoria”, no lado direito da tela, ou pode clicar diretamente no seguinte link:

https://form.jotformz.com/72813573891667

Clicando nesse link, você irá direto para o formulário de pedido de pauta, que é simples e breve, como na foto abaixo:

Após Enviar, você verá a mensagem de confirmação:

E, no seu email, receberá a seguinte informação:

Pronto. Você ajudou a pressionar a CCJ a pautar a votação. Se todos votarmos e compartilharmos essa informação, em breve a CCJ receberá tantos pedidos de pauta dessa proposição que, certamente, passarão a olhar o PL 704/2015 com outros olhos.

Grato pela atenção e espero contar com o apoio dos colegas. Tb gostaria de saber sua opinião a esse respeito.

Att

Marlon Gasparin

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Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/advogado-e-executado-na-frente-da-filha-de-um-ano-em-caruaru/600698871

25 Comentários

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Sou plenamente favorável ao porte de armas por Advogados, agradeço o texto aqui disponibilizado!

No caso em apreço (Advogado morto em Caruaru, o carro que ele usava era blindado). Se estivesse, na ocasião em que desceu do automóvel blindado, portando uma .380 nos 'quartos', será que o resultado seria o mesmo? continuar lendo

Exatamente. O porte de arma não é pra sair cantando de galo ou impor autoridade, até mesmo porque a OAB é muito severa com faltas de conduta por parte do advogado. O intuito é prevenir casos coo este, onde o estado não consegue garantir a devida segurança, e o advogado fica exposto à execução sumária, na frente da família, sem qualquer chance de defesa.

Uma .380 poderia ter mudado todo o desfecho... Mas infelizmente, para aquele advogado, é tarde demais continuar lendo

Amigo Nadir Tarabori

Desculpe, mas acho que o amigo se equivocou.

Vc alega que:

[O advogado corre o mesmo risco que um médico ou lixeiro corre, diferentemente do que ocorre com o juiz ou o promotor pois suas atribuições naturais são de risco, justificando o que se chama de "porte obrigatório".]

Ledo engano. Diferente do que o Sr. também alega em seu comentário, o assunto tem tudo a ver com a título sim.

O advogado não corre o mesmo risco que o médico ou o lixeiro não. Observe na matéria que não se trata de assalto ou crime passional de ordem pessoal, mas sim, de execução. Nada foi roubado. Não houve briga ou discussão. Foi evidentemente uma execução em função de sua atividade como advogado.

No caso em tela, o advogado tem a mesma "atribuição naturalmente de risco" (Como o Sr citou), pois trata com as mesmas pessoas e está sujeito à exatamente os mesmos riscos, sobretudo quando seu cliente é condenado e atribui essa culpa à eventual fracasso na atuação do advogado.

A execução sumária da matéria é prova cabal disso... Como disse, não houve roubo, não houve briga, não houve discussão. E não é um caso isolado. Tive dois colegas (e amigos) executados friamente por ex clientes. Um deles era advogado trabalhista e foi executado quando seu cliente perdeu uma ação e entendeu que o advogado "se vendeu" para a empresa.

Outro advogado sofreu um atentado e teve seu escritório incendiado e sua família ameaçada porque sua atuação estava prejudicando os interesses de outros.

Eu poderia citar aqui centenas de casos de advogados assassinados especificamente em virtude de sua atuação, diferentemente do que ocorre com o "lixeiro" que vc citou... ou com o contador... ou bombeiro... mecânico... vendedor.... Nenhum deles sofre atentados de seus clientes. Esse é um risco natural do advogado quando seu cliente é condenado ou perde alguma ação importante.

Realmente não entendo sua posição continuar lendo

Sim, e nos idos dos anos 90 quando eu ainda estava na universidade, um elemento invadiu a casa de um advogado da cidade de Jaíba e plantou uma bomba. Advogado trabalhista também e o crime na época foi atribuído a um grupo de empregadores à moda antiga de coronéis/barões da era da escravatura, insatisfeitos com os bons resultados que este advogado conseguia para seus ex empregados na Justiça. O que foi apurado oficialmente e se se encontrou e processou-se ou condenou-se os culpados, não sei e nem vem ao caso no momento. Por sorte, ninguém estava perto quando ela explodiu, mas poderia ter matado o advogado ou seus filhos pequenos. Ou sua esposa, ou qualquer outro. Sou a favor de que a pessoa possa atirar em qq um que adentre sua propriedade sorrateiramente sem se fazer anunciar (invasor). continuar lendo

Mas reitero, colegas. Não adianta comentarmos, se não for pra tomar uma atitude.Precisamos todos pedir para a CCJ pautar a votação. É fácil, rápido, on line e pode ser feito até mesmo pelo celular. O link está no texto. Bora lá gente.

Ou estou errado? continuar lendo

Está certo e eu fiz, com ajuda dos links que vc disponibilizou no artigo. continuar lendo

Outra coisa meu amigo...

Ninguém aqui está pedindo explicitamente para que a lei seja aprovada (muito embora espere isso).

Essa decisão cabe ao legislador. O que se deseja é que seja votado de uma vez... Ou que se aprove, ou se rejeite. Mas que vote.

O pedido é pra colocar em pauta a votação, e não para "aprovar"

Então, novamente seu argumento e sua ira não se justificam. continuar lendo

Eu espero aprovação continuar lendo